A vitória sobre o Botafogo, na semana passada, deu ao Figueirense uma noção deturpada a respeito dos adversários da Série A do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, 4 de agosto, o  Atlético Paranaense tratou de esclarecer a situação.

Com um futebol veloz e preciso, o Furacão da Baixada atropelou o Furacão do Estreito por 3 a 0, no último teste das duas equipes antes da estréia na divisão de elite nacional.  É verdade que um desconto precisa ser concedido: trata-se do atual campeão brasileiro e um dos times que vem apresentando mais regularidade no país nos últimos anos.

Enquanto o Botafogo, pelo que apresentou em Florianópolis, é candidato sério ao  rebaixamento, o Atlético tem plenas condições de buscar o bicampeonato. Resta ao  Figueirense tirar uma média entre os dois para projetar os desafios pelo Brasileirão 2002.

O Atlético dominou o jogo do primeiro ao último minuto. Com marcação forte, e bem adiantada, o rubro-negro paranaense forçava os erros de passe do alvinegro catarinense, que foram uma constante ao longo do confronto. Com a posse da bola, o time da casa partia em velocidade, com seis jogadores, movido pela habilidade do meia Adriano e do atacante Dagoberto. 

O Atlético armou um rodízio entre Adriano e Rodrigo – a todo momento um dos dois avançava ao ataque, que passava a atuar praticamente com três jogadores. Assim, o volante Marcinho era obrigado a encostar no trio de zagueiros para forçar uma sobra.

Isto, aliado ao desentrosamento do meia Igor e do ala-direta Adriano – que  estrearam com a camisa alvinegra – e à falta de aptidão de Pires em fazer a ligação  no meio-campo, levou o Figueira a jogar na base dos lançamentos. A bola não chegava em William e Selmir e o rebote foi sempre do time de Curitiba.

O primeiro gol saiu em um contra-ataque pela esquerda. Livre no setor, o produtivo lateral Fabiano chutou forte, cruzado. O goleiro Gustavo ainda encostou na bola, que sobrou limpa para Adriano conferir, aos 14 minutos do primeiro tempo. Ainda antes do intervalo, aos 40 minutos, Fabrício aumentou em cobrança de falta, rasteira, colocada, no canto direito de Gustavo. O placar foi fechado aos 14 minutos da segunda  etapa, com Jadílson, após um erro de saída de bola de Donizete – que também estreou no alvinegro.

MAURICIO XAVIER/DIÁRIO CATARINENSE